Casamento Religioso fora da Igreja


A maioria dos casais que procuram um serviço de Cerimonial para Casamento nos dias de hoje tem, em sua maioria, o desejo de realizar a cerimônia religiosa (baseada na Igreja Católica Apostólica Romana) ao ar livre. Em conjunto com a recepção, num belo cenário montado em um campo ou algum outro lugar simbólico.
O que acontece é que desde 2011 após o Casamento Temático baseado no desenho do ogro Shrek e sua princesa Fiona, que escandalizou muitos padres da Igreja Católica e seus seguidores, a Igreja tornou-se mais radical referente à flexibilidade do casamento fora de seu templo.
De acordo com o código canônico da Igreja Católica: "A celebração, ordinariamente, (no caso, do casamento religioso) deve ser na paróquia de um dos noivos. se por circunstâncias particulares, se realiza em outra igreja (paróquia e não apenas igreja), dever-se-á providenciar a necessária transferência, de acordo com as normas canônicas”.
E ainda:
No item 7.2 – “o casamento religioso só se realizará em igrejas, capelas ou locais habituais de culto da comunidade. não é permitida a celebração do casamento religioso em residências, sítios, fazendas, clubes e outros lugares habitualmente não destinados ao culto”. E eu ainda acrescentaria: em locais ou mesmo capelas particulares ou oratórios, contíguos a salão de festas, “buffet”, onde não há ambiente religioso adequado.

Realmente, em contatos recentes com paróquias, a norma vem sendo seguida à risca, afinal, a Igreja também se trata de uma grande organização com hierarquias a serem respeitadas.
Porém, eu sigo acreditando no diálogo, considerando que no momento atual nenhuma religião pode ser tão radical em um mundo que permite tantas flexibilidades.
Neste sentido, diz o vigário-geral que atualmente atende à Diocese de Santa Cruz, padre Pergentino Pivatto, a orientação não é regra. “Se houver uma justificativa bem fundada, o bispo conversa com o pároco e juntos tomam a decisão mais conveniente. Quando os locais não são apropriados, aí a Igreja intervém.” Ele lembra que a decisão deve ser informada com antecedência. “Quando há tempo, tudo é dialogado. Na tradição da Igreja, o tempo para encaminhamento seria seis meses, mas pode-se encontrar um caminho digno e respeitoso para todos”, acrescenta.
O vigário salienta ainda que a Igreja enfrenta muitas dificuldades no mundo moderno e, assim como todos, precisa aprender a lidar com as situações. “Hoje a fé cristã já não faz mais parte da cultura de muitas pessoas. A cultura contemporânea é muito mais de fatos sociais e de acontecimentos”, lembra. “Não há remédios. O remédio é conversar. Não basta colocar normas, tem que compreender, participar. Tudo sempre passa pelo diálogo.”

Mas se ainda assim, mesmo através do diálogo não possamos  solucionar o impasse, outra alternativa é recorrer a outras igrejas, como a anglicana, ortodoxa, um pastor luterano, metodista, presbiteriano, etc. Estas igrejas tem um pensamento diferente da igreja Católica Apostólica Romana.
O importante é que o casal esteja de acordo e que desde este momento seja realizada uma das práticas mais frequentes em um casamento - cada lado ceder um pouco.

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